O que a vida se não sabemos por que escolhemos viver; o que é o amor; se não atos sensatos cheios de insensatez razoáveis e irremediavelmente insensatos em uma falsa ilusão insana dos sensatos; o que trago nos meus dias; de dias vazios; de noites insones; olhando o sono dos que dormem; pensei que algum tempo poderia ajudar-me viver; não só uma mais duas dez vezes sem dizer adeus; afinal o que é méis hora diante de uma vida inteira; é não saber o passo seguinte; é deixa-se cair sem amparo; ao solo frio; áspero; seguindo sem destino o perdão sem saber jamais o que é ser perdoado; não seguir nenhum padrão; religião; ou convite que me estendam a mão; prefiro o vazio dos olhos; o silencio dos lábios; e cegueira dos fies; e apenas seguir; e perguntar-me e daí; se me fizera, chorar; se ninguém acreditou em mim; se foi descuido que posso eu fazer agora; se não juntar-me aos poucos e quem sabe um dia eu não acorde e veja que foi um sonho acabou...
Céu
15/05/2009
