sábado, 26 de junho de 2010



REI POP DO MUNDO 
MICHAEL JACKSON 1958 _ 2009

Michael Jackson

_ Tribute_

ao maior astro pop de todos os tempos...






   

Todos viram, ele atravessou o UNIVERSO rumo as estrela ascendeu acima de nós, acesa pra nós com humildade, timidez e carinho, e uma leve saudade desse planeta azul, morrer não é pra lamentar, por ter sido vencido pela vida e ir encontrar-se com a morte, é sim sentir uma mágoa aquecida pela triste melancolia em deixar um lugar tão bonito...

 
  

-MICHAEL JACKSON - 
APAGA-SE NA TERRA 
E ACENDE-SE NAS ESTRELAS...


Só um grande artista poderia ser assim tão genial, tão pleno, o artista do século, completo, disciplinado, integro, grandioso, genial, tinha um enorme sentimento de humanidade, injustiçado pelos tablóides, por línguas maldosas, um homem além do seu tempo, nasceu em um tempos de guerra, guerra feroz de egos, de valores, maldades, queria a inocência, a beleza, a eterna juventude, e arriscou tudo, é, era lendário, virou lenda, um sonho, encantou-se como uma imensa estrela, não morreu esta entre nós, inocentado de tantos abusos, precisou morrer pra que as pessoas que o transformasse em - "REI POP" MAIOR DE TODOS OS TEMPOS -  foi perseguido por que queria ser criança, negou-se a crescer, será que ninguém percebia que crescer é deixar pra trás a inocência, é perder a doçura, a pureza nas palavras, a singular beleza dos que olham nos olhos e abraça sem medos, preferiu viver por amor universalmente imenso esta grandiosa constelação... 
_Um homem criança, uma criança homem que tornou-se pai,_ 
...quem cuidaria  de quem! quem acarinharia quem!
Meu tributo, minha emoção e o meu eterno reconhecimento ao Michael Five, ao Michael Jackson, ao REI POP, qualquer outra palavras seria pieguice, não precisamos de mais palavras e sim reverenciá-lo, um rei deposto, que voltou ao trono universal dos corações e mentes. 
Como não amá-lo...era negro, pobre, americano, era pop, nasceu com o talento dos gênios, com a luz das estrelas... _queria apenas ser bonito _ ...nem branco, nem preto, apenas bonito!

Por respirar musica, som, harmonia, ousou transformar os pensamentos em realidade, fez-se menino, fez-se sonho, fez-se rei, morreu pai seu maior e mais belo sonho, morreu REI! 
Foi o maior ASTRO DA TERRA!

Michael Jackson & Lionel Richie conseguiram reunir o maior time estrelar de todos os tempos conseguiu convencer  egos acerbados a trabalhar em prol da miséria, da fome da África em 1985 o resultado foram visto e aplaudido pelo mundo, resultou em uma musica que tornou-se a voz de todos...
E para que fosse possível convidou um grande empresário e produtor Quicy Jones para produzir um que touna-se depois um dos maiores eventos deste PLANETA TERRA!

*
We are the world



When the world must come together as one

There are people dying

Oh, and it's time to lend a hand to life

The greatest gift of all

We can't go on pretending day by day

That someone, somehow will soon make a change

We're all a part of God's great big family

And the truth - you know love is all we need


We are the world, we are the children

We are the ones who make a brighter day

so let's start giving

There's a choice we're making

We're saving our own lives

It's true we'll make a better day

Just you and me

Well send'em your heart

So they know that someone cares

And their lives will be stronger and free

As God has shown us

By turning stone to bread

And so we all must lend a helping hand

When you're down and out

There seems no hope at all

But if you just believe

There's no way we can fall

Well, well, well, let's realize

That one change can only come

When we stand together as one

There comes a time when we heed a certain call (Lionel Richie)

When the world must come together as one (Lionel Richie & Stevie Wonder)

There are people dying (Stevie Wonder)

Oh, and it's time to lend a hand to life (Paul Simon)

The greatest gift of all (Paul Simon/Kenny Rogers)

We can't go on pretending day by day (Kenny Rogers)

That someone, somehow will soon make a change (James Ingram)

We're all a part of God's great big family (Tina Turner)

And the truth (Billy Joel)

You know love is all we need (Tina Turner/Billy Joel)

We are the world, we are the children

We are the ones who make a brighter day so let's start giving (Michael Jackson)

There's a choice we're making we're saving our own lives (Diana Ross)

It's true we'll make a better day just you and me (Michael Jackson/Diana Ross)

Well, send'em your heart so they know that someone cares (Dionne Warwick)

And their lives will be stronger and free (Dionne Warwick/Willie Nelson)

As God has shown us by turning stone to bread (Willie Nelson)

And so we all must lend a helping hand (Al Jurreau)

We are the world, we are the children (Bruce Springsteen)

We are the ones who make a brighter day so let's start giving (Kenny Logins)

There's a choice we're making we're saving our own lives (Steve Perry)

It's true we'll make a better day just you and me (Daryl Hall)

When you're down and out there seems no hope at all (Michael Jackson)

But if you just believe there's no way we can fall (Huey Lewis)

Well, well, well, let's realize that a change can only come (Cyndi Lauper)

When we (Kim Carnes)

stand together as one (Kim Carnes/Cyndi Lauper/Huey Lewis) 

*


O cantor por toda sua vida foi emissário da paz, ajudou muitas instituições de caridade espalhadas pelo mundo, deixou o exemplo de bondade e caridade, morreu sem paz, pois nunca consegui superar a fome voraz dos seus fãs, que queria a superação suprema, infinita, era um astro, um fenômeno, que sempre arriscava tudo. 
Morreu no dia 25 de junho de 2009 em uma manha de verão na Califórnia USA... no seu rancho Neverland ao lado dos filhos e dos seus objetos, um lugar que mais parecia um parque de diversões...
O vôo do PETER PAN finalmente atravessou a fronteira do espaço, agora só silêncio para toda a eternidade, em noites de lua cheia ouvimos o seu grito de guerra, podemos ver o seu dedo indicador apontado para a luz e sua roupa de lantejoulas a ofuscar as estrelas...

Céu 

quarta-feira, 23 de junho de 2010

In Memoriam

de

André Resende

A minha amiga muito querida  Mari
enviou-me este poema, 
simples e belo, 
de um colega que mudou-se pra o degrau de cima e hoje paíra pleno sobre nossas cabeças, 
é luz, 
é brilho, 
encantou-se junto às estrelas...
Minha homenagem cheia de carinho e respeito, 
às vezes saímos de cena cedo pra poder doar mais aos que aqui ficaram pra poder mostrar que os horizontes são vastos e todos os caminhos levam ao UNIVERSO pleno e sereno...


 André Rezende Novaes
1960_2010


LUA AO LÉU

Lua nova, crescente renascer
Cheia de mudança minguante
Ciclo eterno que vai adiante
Sem nem ser preciso aparecer

Luz presente, sol ascendente
Calor de infinito brilho ardor
Se míngua em seu belo poente
Como língua sedenta de amor

Oh! Sol, estrela maior do céu
Pequenos são aqueles profetas
Os que prevêem tudo ao léu

Oh! Lua, espelho da luz solar
Enaltece os olhos dos poetas
Que crêem nas sombras do mar

André Rezende Novaes
(um amigo)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

“Dentro de nós tem uma coisa que não tem nome,  
...esta coisa somos nós"
 José Saramago nasceu em 1922 em Portugal. Publicou seu primeiro livro em 1947. Em 1998 tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o maior prêmo mundial de literatura: O Prêmio Nobel.
Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago é considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.[1]
O seu livro Ensaio Sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Jardineiro Fiel e Cidade de Deus). Em 2010 o realizador português António Ferreira adapta um conto retirado do livro Objecto Quase, conto esse que viria dar nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em co-produção com o Brasil e Espanha.
Nasceu na província do Ribatejo, no dia 16 de Novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, é membro do Partido Comunista Português e foi director do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias.
Biografia
Saramago nasceu em Azinhaga, no Ribatejo, de uma família de pais e avós pobres. A vida simples, passada em grande parte em Lisboa, para onde a família se muda em 1924 – era um menino de apenas dois anos de idade – impede-o de entrar na universidade, apesar do gosto que demonstra desde cedo pelos estudos. Para garantir o seu sustento, formou-se numa escola técnica. O seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico. Entretanto, fascinado pelos livros, à noite visitava com grande frequência a Biblioteca Municipal Central - Palácio Galveias na capital portuguesa.
José Saramago no Festival Internacional de Filmes de San Sebastián (segurando a tradução em língua persa do seu livro Ensaio sobre a cegueira.
Autodidacta, aos 25 anos publica o primeiro romance Terra do Pecado (1947), mesmo ano de nascimento da sua filha, Violante, fruto do primeiro casamento com Ilda Reis – com quem se casou em 1944 e permaneceu até 1970 - nessa época, Saramago era funcionário público; em 1988, casar-se-ia com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del Río Sánchez, que conheceu em 1986, ao lado da qual continua a viver. Em 1955, começa a fazer traduções para aumentar os rendimentos – Hegel, Tolstói e Baudelaire, entre outros autores a quem se dedica.
Depois de Terra do Pecado, Saramago apresenta ao seu editor o livro Clarabóia, que, rejeitado, permanece inédito até hoje. Saramago persiste nos esforços literários e, dezenove anos depois – então funcionário da Editorial Estudos Cor - troca a prosa pela poesia e lança Os Poemas Possíveis. Num espaço de cinco anos, depois, publica sem alarde mais dois livros de poesia, Provavelmente Alegria (1970) e O Ano de 1993 (1975). É quando troca também de emprego, abandonando a Estudos Cor para trabalhar no Diário de Notícias, depois no Diário de Lisboa. Em 1975, retorna ao Diário de Notícias como director-adjunto, onde permanece por dez meses, até 25 de Novembro do mesmo ano, quando os militares portugueses intervêm na publicação (reagindo ao que consideravam os excessos da Revolução dos Cravos) demitindo vários funcionários. Demitido, Saramago resolve dedicar-se apenas à literatura, substituindo de vez o jornalista pelo ficcionista: "(…) Estava à espera de que as pedras do puzzle do destino – supondo-se que haja destino, não creio que haja – se organizassem. É preciso que cada um de nós ponha a sua própria pedra, e a que eu pus foi esta: "Não vou procurar trabalho", disse Saramago em entrevista à revista Playboy, em 1988.[2]
Da experiência vivida nos jornais, restaram quatro crónicas: Deste Mundo e do Outro, 1971, A Bagagem do Viajante, 1973, As Opiniões que o DL Teve, 1974 e Os Apontamentos, 1976. Mas não são as crónicas, nem os contos, nem o teatro os responsáveis por fazer de Saramago um dos autores portugueses de maior destaque - missão reservada a seus romances, género a que retorna em 1977.
Três décadas depois de publicado Terra do Pecado, Saramago retorna ao mundo da prosa ficcional com Manual de Pintura e Caligrafia. Mas, ainda não foi aí que o autor definiu o seu estilo. As marcas características do estilo saramaguiano só apareceriam com Levantado do Chão (1980), livro no qual o autor retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo.
Dois anos depois de Levantado do Chão (1982) surge Memorial do Convento, livro que conquista definitivamente a atenção de leitores e críticos. Nele, Saramago mistura factos reais com personagens inventados: o rei D. João V e Bartolomeu de Gusmão, com a misteriosa Blimunda e o operário Baltazar, por exemplo.
De 1980 a 1991, o autor traz a lume mais quatro romances que remetem a fatos da realidade material, problematizando a interpretação da "história" oficial: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) - sobre as andanças do heterónimo de Fernando Pessoa por Lisboa; A Jangada de Pedra (1986) - quando a Península Ibérica solta-se do resto da Europa e navega pelo Atlântico; História do Cerco de Lisboa (1989) - onde um revisor é tentado a introduzir um "não" no texto histórico que corrige, mudando-lhe o sentido; e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) - onde Saramago reescreve o livro sagrado sob a óptica de um Cristo humanizado (sendo esta a sua obra mais controvertida).
Nos anos seguintes, entre 1995 e 2005, Saramago publicará mais seis romances, dando início a uma nova fase em que os enredos não se desenrolam mais em locais ou épocas determinados e personagens dos anais da história se ausentam: Ensaio Sobre a Cegueira (1995); Todos os Nomes (1997); A Caverna (2001); O Homem Duplicado (2002); Ensaio Sobre a Lucidez (2004); e As Intermitências da Morte (2005). Nessa fase, Saramago penetra de maneira mais investigadora os caminhos da sociedade contemporânea.
Faleceu no dia 18 de Junho de 2010[3], aos 87 anos de idade, na sua casa em Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio, vítima de leucemia crónica[4]. O escritor estava doente há algum tempo e o seu estado de saúde agravou-se na sua última semana de vida.
Obra
Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. orações) ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso o seu estilo não torna a leitura mais difícil, se os seus leitores se habituarem facilmente ao seu ritmo próprio.
Estas características tornam o estilo de Saramago único na literatura contemporânea: é considerado por muitos críticos um mestre no tratamento da língua portuguesa. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, no seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds ("Génio: Um Mosaico de Cem Exemplares Mentes Criativas"), considerou José Saramago "o mais talentoso romancista vivo nos dias de hoje" (tradução livre de the most gifted novelist alive in the world today), referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que Saramago é "um dos últimos titãs de um género literário que se está a desvanecer".
De entre as premiações destacam-se o Prémio Camões (1995) - distinção máxima oferecida aos escritores de língua portuguesa; o Nobel de Literatura (1998) - o primeiro concedido a um escritor de língua portuguesa.
Dificílimo acto é o de escrever, responsabilidade das maiores.(…) Basta pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episódio de ontem, e outras não menos arriscadas acrobacias(…)
Saramago, A Jangada de Pedra, 1986
Tive uma vida que não podia ter sucedido 
 Em 'Caim', José Saramago se volta aos primeiros livros da Bíblia, do Éden ao dilúvio, imprimindo ao Antigo Testamento a música e o humor que marcam sua obra. Num itinerário heterodoxo, Saramago percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha, conforme o leitor acompanha uma guerra secular, e de certo modo involuntária, entre criador e criatura. No trajeto, o leitor revisitará episódios bíblicos conhecidos. Para atravessar esse caminho árido, um deus às turras com a própria administração colocará Caim, assassino do irmão Abel e primogênito de Adão e Eva, num altivo jegue, e caberá à dupla encontrar o rumo entre as armadilhas do tempo que insistem em atraí-los. O Caim, que leva a marca do senhor na testa e, portanto está protegido das iniqüidades do homem, resta aceitar o destino amargo e compactuar com o criador, a quem não reserva o melhor dos julgamentos.
Jesus humanizado de José Saramago
"Antes eu dizia: 'Escrevo porque não quero morrer'. Mas agora mudei. Escrevo para compreender. > O que é um ser humano?"
(José Saramago)
O livro O evangelho segundo Jesus Cristo do escritor português José Saramago é uma experiência literária imperdível. Publicado em 1991, o livro tornou-se um dos mais polêmicos da carreira do escritor. E também um dos mais vendidos. Por causa dele, Saramago foi duramente criticado e até considerado sacrílego, mas isso apenas confirmou que sua obra mexe com o leitor.
Quem imagina encontrar apenas crítica à religião está muito enganado. É uma obra que põe em dúvida não só a sacralização da história bíblica, mas também a sacralização científica. A própria linguagem mais próxima da falada (como se fosse um diálogo) já é uma diferenciação da linguagem sagrada das escrituras.  Não se trata, entretanto, de um livro realista e sim de uma tentativa de contar uma história de um ponto de vista humano. Para
isso, o foco do livro é um Jesus humanizado.
Todo o primeiro capítulo do livro é uma descrição detalhada de uma gravura medieval que representa a cena da Paixão de Jesus Cristo. De forma abrupta, o leitor é, então, lançado à narração de uma história. A vida de Cristo é contada. O leitor está diante, então, de uma nova versão do mesmo acontecimento com os mesmos personagens. E esses acontecimentos são vistos à luz do presente e preenchido de realidade humana.
"... A barriga de Maria crescia sem pressa, tiveram de passar-se semanas e meses antes que se percebesse às claras o seu estado, e, não sendo ela de dar-se muito com as vizinhas,
por tão modesta e discreta ser, a surpresa foi geral nas redondezas..." A humanização de Jesus Cristo é construída ao longo do texto também pela omissão dos episódios biográficos em que ele foi descrito como ser eleito, capaz de dar vida. Até o desfecho da história marca essa humanidade: a narração termina com a morte de Jesus, ele não a supera como na história tradicional.  Mas tudo é história e o narrador tem consciência que sua narrativa é "uma memória inventiva" e que "tudo é o que dissermos que foi". É a ironia revelada não só no distanciamento em relação ao passado como também no pacto que ele faz com seu leitor ao longo do texto. Então, se você topar o pacto com Saramago, com certeza terá uma ótima e inesquecível leitura.
José Saramago nasceu em 1922 em Portugal. Publicou seu primeiro livro em 1947. Em 1998 tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o maior prêmo mundial de literatura: O Prêmio Nobel.
Dificílimo acto é o de escrever, responsabilidade das maiores.(…) Basta pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episódio de ontem, e outras não menos arriscadas acrobacias(…)
Saramago, A Jangada de Pedra, 1986
Tive uma vida que não podia ter sucedido     
-"Gostar é a melhor maneira de ter
Ter é a pior maneira de gostar" -

 

quinta-feira, 17 de junho de 2010



Às vezes procuramos nos lagares mais improváveis uma palavra, 
um abraço, 
um motivo pra estarmos aqui...
CATANDO PALAVRAS E ESTRELAS


Ando catando nos céus sinais de mirras,

Estrelas bíblicas esquecidas entre cigarros e um gole de vermute seco,

Não há palavras,
As folhas já não caem,

O outono dos meus sentimentos chega ao fim,

Olho as páginas amareladas o tempo passa até para si mesmo,

Não há nem palavras ou lágrimas, ou há?
Seguro a mão que se ergue na clara fonte contra o rio,

A mão que espia o gesto, para no ar não ergue-se não espalha,
Não quebra o espelho, porque você com que perversidade cega entrou aqui,

E nem pediu licença, tenho medo do seu medo.
Talvez a dor um dia a diminua, 
Não sei se cabe mágoas no lago,

Escorrendo para os rios desaguando dos mares!

Se há silêncios ocos atravessando a mata,

Correndo atrás dos edifícios,

E minha cidade, ainda dorme silenciosa e indiferente,

A s palavras não as escrevi hoje,

O beijo não deu, os olhos fecharam exaustos,

O silêncio é (i) mortal clara dor, claro silencio,

Sais e ponte,

Onde paraste nesta caminhada,

Ainda avistas caminhos, estradas,

Momentos há ser vividos,

Será que sobrou algo além dos nós,

Como correntes, alianças,
 
Versos, 
E não somente palavras vans,

Chamo as palavras elas não chegam estão nas sombras,

Na noite dormem...

 Céu
17/06/2010

 

Vermutes
Diz-nos a história que o Vermute era já tomado no século V a.C., como remédio para estimular o apetite e alegrar o espírito. Davam-lhe então o nome de «vinun de Hippocratium», grande médico da antiga Grécia.

Os romanos, no século I, beberam-no misturado com mel, plantas aromáticas, medicinais e algumas maceradas com vinho puro.

No século XVI, um escritor piemontês, na sua obra «Os Segredos do Senhor Alísio», diz que a palavra Vermute remonta ao tempo dos cervejeiros da Bavíera.

O livro de cozinha mais velho do mundo, intitulado «Appicius», já fazia referência ao vinho Vermute.

Origem

O verdadeiro Vermute apareceu no século XVII, na região do Piemonte, o seu sucesso foi motivado pelo adicionamento de plantas dos Alpes Piemonteses.

A origem da palavra Vermute vem da palavra «Wordwood» que significa absinto em português.
Esta palavra foi usada pela primeira vez para comercialização pela firma italiana Carpano no ano de 1786.

Definições técnicas

O Vermute é um aperitivo único que tem como o vinho, substâncias amargas, absinto romano, cálamos, flor elder, angélica, lírio florentino, genciana, canela, cravo-da-índia, noz-moscada, cardamomo, álcool (para regular a graduação alcoólica), açúcar (caramelo) para dar cor, concentrado de uvas ou açúcar para adocicar.
A percentagem do vinho no seu fabrico é de 70% a 80%.

Processo de fabrico

O Vermute pode ser preparado por dois processos:
a) Infusão
b) Adição de extractos.

O processo de infusão consiste em suspender dentro do vinho um saco com plantas e todas as substâncias aromáticas e amargas que lhe dão gosto.

Na adição de extractos prepara-se um extracto das substâncias amargas e aromáticas com álcool que se aguarda a envelhecer em casco e ao qual se vai juntando o vinho.

O Vermute é pasteurizado a 70% ou 75%, para eliminação dos gérmenes patogénicos, para abreviar o envelhecimento, impedir novas fermentações, evitar «casse oxidásica» e favorecer a fusão dos gostos e aromas com o vinho.
Em seguida é filtrado e exposto a uma temperatura de 6º a 7º negativos, o que abrevia o envelhecimento devido a insolubilizarem-se várias substâncias que levariam muito mais tempo a realizar a mesma transformação à temperatura ambiente.
Terminadas estas operações, o vinho passa para os cascos de envelhecimento onde fica a apurar o aroma e sabor tão seus característicos.
A graduação alcoólica do Vermute varia entre os 16º e os 20º.

O Vermute actualmente fabrica-se em quase todos os países vinícolas, no entanto os Vermutes de maior fama são os italianos e os franceses. Em Itália o fabrico do Vermute está regulamentado por lei datada do ano de 1933.

As marcas de Vermute mais conhecidas no mercado são as seguintes:

MARTINI CINZANO
GANCIA CARPANO
NOILLY PRAT RICADONNA
CORA MIRAFIORE
CHAMBERY CHASTENET
STOCK

E apresenta-se nos seguintes tipos:
a) Clássico - tinto doce
b) Corrente - tinto doce
c) Bianco - branco doce
d) Punt mes - tinto amargo
e) Dry - branco seco
f) Rosé - rosado doce.

O Vermute serve-se simples, de preferência sempre fresco ou com gelo e uma casquinha de limão.
Pode servir-se também com soda, tónica e em inúmeras composições, tais como: Dry Martini, Rob Roy, Manhatan, Caruso, Bronx.