... confundi-me com a tua falsa solidão; não a conheces e nada sabes dela; solidão arde;doi;mora no recôncavo mais intimo; é amiga intima das almas embriagadas de tantos silêncios; bate na cabeça; atravessa o corpo e dorme aquecendo-se de vc; ate que a alma esfrie sucumbindo-se à amargura da dor que dilacera e de tanto sofrer sangra; e não tinhas o direito de mandar-me rosas; que ao pegar ferir-me em teus espinhos, pois de propósito os deixastes afiados; porque acha-me tão especial; se de tão comum eu nem me via; traficantes pra mim um sonho pirata; mas o DVD era de quinta e de tão ruim engasga; acalentastes e me pedisses sonhos; quando eu só tinha angústia; dores; febres mal curadas; calafrios de sono alimentandoo-se da minha dor para sobreviver ao amor; eu te disse, muitas vezes, mas fingias que ouvias...; porque fizeste-me crer ser eu especial; se de tão comum que sou; nem mesmo o espelho olha-me; porque entrastes em mim e agora ousas ficar; fechas a porta e sem adeus quero que saias...
Céu
24/03/2009