sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ÚLTIMO ATO

Que dor é essa!
Profunda, silenciosa, impiedosa;
Que cresce dentro de mim;
É mais escura e profunda que a própria escuridão do mar!
E desaguaram em mim...
Que momento é esse;
Não passa e acumulá-se em mim;
Por quanto tempo terei que esperar para ser perdoada;
Perdoar é um ato de humildade para quem pede e mais ainda pra quem perdoa!
Que desprezo é esse que carregas dentro de ti, anjo meu;
Que por mais que eu faça afasta-te de mim;
E nem as migalhas do AMOR que escapa por descuido do teu coração deixas aproxima-se de mim!
Que AMOR é esse o meu!
Que resiste ao tempo;Ao aos teus silêncios;As tuas ausências; As minhas e tuas distancias;
Ao teu silencio inflexível e tão egoísta, eu sei, fazes força pra mostra-te assim!
Saber e sentir este desprezo de ti doe mais que a tua própria ausência!Pois me enterraste viva!
E nem no último momento, últimos instantes perdoaste-me, sequer o meu funeral foste!
Não jogaste uma flor;
Um punhado de areia úmida de tantas partidas quando descerem-me a minha última morada;
Não deixastes que nenhuma lágrima caísse da tua face, para acarinhar a minha;
Nem dissestes com a voz trêmula de dor e saudades (te amo) como te amei;Tudo que fiz;
O tanto que te amei:
Todos os momentos que te cuidei;
Como conseguistes apagar-me assim tão duramente da tua vida!
Ensina-me...
Pois eu preciso realmente sentir-me morta;
Pra que esta ausência, silêncio e desprezo fiquem de fato em uma lépida fria e solitária;
Dizendo assim...
Aqui dorme uma órfã...
Que morreu... de tanta dor e saudade!
Ah! Não podes fazer isso meu anjo eu tinha esquecido pra ti há muito não existo!
E já morri e estou enterrada há anos;
A vida roubou-me de te, como chorei, choro por este desencontro;
E a intolerância calou as nossas vozes e roubara-nos todos os momentos, todos os beijos e abraços que daríamos se EU viva ainda estivesse pra ti...
E morri... morri porque mataste-me dentro do teu coração!
Será que um dia ressuscitarei;
Oh! My LORDE por quantas dores e tormentas terei que passar para alcançar a remissão!
Para um último abraço e último beijo e o último pedido de perdão...
E será que me perdoaras e juntas comungaremos a hóstia, o pão e o vinho!
E enfim eu partirei em paz... sorrindo e deixo-lhe o meu amor!
E na minha lápide escreva...
Final do primeiro ato;
E se poder feche às cortinas, pois o show acabou...
Céu
15/01/2009

Nenhum comentário: